sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Caiu! Caiu!
Um rumor e grito se levantaram
Alvoroço esparso à beira da ruína
E olhos interrogativos, exclamações contínuas
De todas a vogais de mim saiu

Olhos impávidos meus que se despiam
De todas as vontades
Vendo ganhar o precipício
Um ego de maldades solto
Disse adeus de peito inflado
Ao meu nome que descia
Fundo e profundo no abismo

joquei no estômago da pedra
Toda maldade reunida
No ego esculpida
No meu nome estampada
Não quero esse nome
Que desgosto infunde n’alma
Quero os ares de liberto
Que um nome me furtava

sábado, 1 de agosto de 2009

Dei adeus a meu nome

Me cansei de mim mesmo, esse sentimento não é novo e muito menos exclusivo. Acaba que durante a vida sempre nos sintamos desse modo. Então me despedi do meu nome, do meu eu, e acho que posso existir sem um. Claro, alguma coisa eu vou ser, desisti é de tentar escupir um ego, poque se é eu quem esculpo, onde quero chegar, qual é o meu ideal? Eu não posso terminar essa obra, pelo motivo que não sei o que devo ser, na exatidão das formas e dinâmica de um caráter. Sempre opinava, desse jetito deve ser melhor, não mais redonto, uma maior perspectiva.. é muito cansativo. Não preciso ser mais nada por mim mesmo, e nem me preocupar com o que deveria ser. Desisti da minha vontade é isso.