domingo, 3 de maio de 2009

Para ler e esquecer

Pesares


Pesares, pesos delas;

Palavras e revoltas

Carregadas no pescoço

Medalhas vergando o corpo, enterrando a alma

Contra a vontade, sim, contra movediço fardo do julgo de querer com que mantenho os pés]

perder a vontade, também a idéia

Ter seu próprio mundo, quere-lo tanto

Embalar o amor ilusório de amar o que nasce de si

E podar dolorosamente os filhos,Pisa-los

Quando secos no chão

E amar em plenitude com o mistério da palavra incompreendida

O mundo(dos outros, a realidade capaz de me tornar areia

E que me torna esse moído

é essa rocha mais dura que eu

Mas que é isto?

A pergunta, o motivo, o mundo?

Sentido, sonho

Motivo

Trabalhosa tarefa de suportar tudo como é

Sentir dói e é só isso

E é só isso

O próximo doer

E é só isso

Outra vez tremer

2 comentários:

Anônimo disse...

"Você é a luz que brilha no fim do túnel
Mostrando ao cego que ele ainda tem por onde se guiar.
Você é belo.
E cá, o cego, se viu iluminado pela sua luz...
Ou seria a luz das suas palavras?
Sendo aquela ou sendo essa
saiba que, mesmo cego, estarei sempre ao teu lado
Enquanto, pelas suas palavras, sou guiado.
E te vejo brilhar."
Por: anônimo.

{...}
Seguindo o que disse um bom autor,
Você é a pá que cultivou em mim o mínimo de esperança.
Saiba que eu preferi me identificar como "anônimo" pelo simples fato de que... quis. De qualquer modo, gosto de como escreve. (:

Anônimo disse...

Adorei o que escreveu, e jeito como escreve, me encantou, muito profundo, alcança-nos a alma, os mais ocultos sentimentos.
Parabéns!!!!!